Na abertura da série Quem me revelou, do GloboEsporte.com, o maior ídolo do esporte atalaiense, Aloísio Chulapa, revelou que foi através do apoio de um conterrâneo que conseguiu chegar ao primeiro clube profissional, no começo da década de 90.
A vontade de ser jogador de futebol começou na terra onde nasceu, no meio das “peladas” dos finais de semana. Aos 16 para 17 anos, Aloísio era funcionário de uma usina de cana de açúcar e aproveitava a folga para jogar bola. E foi nas “peladas” onde chamou a atenção de outro atalaiense: o ex-zagueiro Márcio Pereira.
Márcio Pereira já era jogador profissional, defendia o CRB, e viu no garoto potencial para ir longe no futebol.
“Ele [Márcio Pereira] já me conhecia aqui. Eu já jogava as peladas nos finais de semana, já era disputado. A gente jogava contra, eu dava muito trabalho a ele (risos) e, quando acabou, ele pegou e me indicou para o CRB. Chegando lá, eu comecei o trabalho com o Pompéia (técnico na época) e o Waldemar Correia (presidente). Eles me aceitaram e, de lá, eu não voltei mais”, destaca Chulapa.
Emocionado, Chulapa lembra que Márcio lhe deu uma chance aos 17 anos. A vida girou como um carrossel.
“Isso é coisa de coração, coração dele. Pessoa maravilhosa, não é qualquer jogador que faz isso. Por ser da mesma cidade, tem jogador que tem ciúme de outros se destacarem e tomarem o lugar. Mas, graças a Deus, ele tem um coração igual ao meu. Só quer o bem, o melhor, pensando em levar o nome da nossa terra, Atalaia, pra frente”, comentou.
Em sua carreira Aloísio Chulapa defendeu clubes como CRB, Flamengo, Guarani, Goiás, Saint-Etiénne e Paris Saint Germain, na França, e Rubin Kazan, na Rússia, Atlhético Paranaense, São Paulo, Vasco, Sport Atalaia, entre outros.
Ao todo, o alagoano conquistou oito títulos, sendo o Mundial de clubes, em 2005, com o São Paulo, o mais importante da carreira. Na final, deu um passe sensacional para Mineiro fazer o gol definitivo sobre o Liverpool.
Márcio Pereira, Lulinha Vigário e Aloísio Chulapa. Foto: Arquivo Pessoal.