Os artistas atalaienses estão receosos com a proximidade do final do ano e a possibilidade de mais de 300 mil reais da Lei Aldir Blanc, destinados ao auxílio cultural no município, retornar aos cofres do governo federal, por falta de execução dos projetos que foram entregues ao órgão municipal competente.
Segundo a classe artística, a Secult teria até o dia 31 de dezembro para informar os contemplados através de editais, julgar os recursos e pagar o auxílio aos aprovados.
A Secult em recente nota, divulgada no dia 15 de dezembro, informou que houve pouco recebimento de documentos e os que protocolaram documentação, tinham pendências que não foram sanadas e, por isso, descredenciados. “O tempo foi insuficiente para que pudéssemos, nesta gestão, beneficiar os artistas e espaços culturais que sofreram nesse período pandêmico”, destaca a nota.
Na manhã desta segunda-feira (28), um grupo de artistas foram recebidos pela prefeita eleita Ceci Rocha, em sua residência, no bairro José Paulino. O futuro Procurador Geral do município, Dr. Nicolas Costa, também acompanhou a reunião.
A nova gestão destacou que só conseguirá ficar a par da situação após o dia primeiro de janeiro, já que tem dificuldade em obter informações no processo de transição. Mas, tranquilizou a classe, dizendo que irá seguir todos os trâmites legais, analisar toda a situação e, de acordo com a lei, repassar o auxílio para quem tiver direito.
A expectativa é que o auxílio seja prorrogado nos próximos dias, através medida do Presidente Jair Bolsonaro.
Para o produtor de videoclipes e fotografo, Dony Produção, os artistas saem mais tranquilhos e confiantes que irão ser contemplados com o auxílio cultural. “Essa reunião nos passou um pouco de segurança, pois a atenção que tivemos hoje, foi uma atenção que a gente nunca teve durante todo esse tempo. A expectativa é que a classe artística, cultural, de produção aqui da cidade, consiga receber esse recurso. Mas, teremos que ter um pouco mais de paciência e aguardar que a nova gestão municipal e a nova gestão da Secult, se intere da situação e nos dê um posicionamento”, destacou o produtor de vídeo, informando que a classe ainda analisa a possibilidade de entrar com uma medida liminar na Justiça.