Atalaia já teve alguns deputados naturais da terra como o Dr. João Cabral Toledo, que foi deputado estadual na legislatura de 1951 a 1954, sendo reeleito em quatro oportunidades. Era conhecido pela articulação política nos bastidores. Outros foram: Cícero Cabral Toledo, Zeca Lopes, Abrahão Fidelis de Moura. Mas, vale um destaque para o Dr. Luiz de Augusto da Rocha Tenório, que não era natural do município, mas adotou Atalaia, pois acreditava que era uma cidade promissora, de gente amistosa e de bons costumes.
Na atualidade e principalmente nos últimos anos, Atalaia contou com atuação do Deputado Federal Arthur Lira, onde destinou recursos e que tem um grupo político relativamente bom. Outros nomes tiveram uma atuação “tímida”. Mas, o que vem chamando a atenção nos primeiros meses da nova gestão é a atuação da deputada estadual Fátima Canuto, sogra da atual prefeita do município Ceci Rocha.
Deputada Fátima Canuto foi a 4° mais votada em nosso município na eleição de 2018, com 1.164 votos (5,54%). Foi protagonista de uma polêmica em 2020 por fazer uma doação de ar-condicionados para a escola do Povoado da Boca da Mata e a gestão na época recusar, e mandar devolver.
Posteriormente teve uma participação importante na eleição da atual prefeita do município. Não precisa ser governista para reconhecer essa atuação com destinação de 800 mil para a saúde, visitas as repartições públicas, Distritos e Povoados, o anúncio da retomada de algumas obras e sem falar da importância de ter alguém de “perto”, que ande por “âmbitos” que pode ajudar o município.
Uma parte do senso comum do município diz que essa atuação é “eleitoral", haja vista a aproximação da campanha de 2022. Contudo, analiso que hoje essa atuação é um apoio político a atual gestora e para o bem comum da cidade. É necessário saber que qualquer político quer votos e nada mais justo do que buscá-lo “trabalhando”. A reeleição é resultado do trabalho realizado nos 4 anos de mandato.
Sobre o grupo político que a deputada vem formando: é verdade que alguns vereadores do lado de lá agora está no lado de cá, como os vereadores: Anilson Junior, Marcos Rebollo, eleitos pelo MDB, o vereador Tacinho eleito pelo PP, Janaína do Cal que foi eleita pelo MDB, mas manteve a neutralidade no processo eleitoral de 2020, na majoritária.
Dos que são do lado de cá, do PSC, a Deputada vai contar com o apoio do vereador mais votado no último pleito eleitoral, o Rudinho, que obteve 1.300 votos.
Alguns nomes são estranhos para o senso comum, mas é necessário lembrar que na política não existe inimigos eternos, que os inimigos de hoje podem ser os amigos de manhã e vice-versa. Sabemos que a eleição de 2022 está longe, mas é necessário reconhecer o “potencial” eleitoral desse grupo político (que pode ficar maior?).
Por fim, vale a pena ressaltar: é compreensivel que alguns nomes citados acima buscarem um dia ou outro caminhar por um caminho politico maior e isso não é segredo para ninguém, consequentemente seria "estratégico" fazer aliança com quem pode dar um "empurrão" na trajetória política. Agora, se esse empurrão vai acontecer, aí já é outra história.