Um atalaiense dará nome ao Aeroporto de Tefé, em Amazonas, que passará a ter a denominação de Aeroporto Prefeito Orlando Marinho. A homenagem está estabelecida no Projeto de Lei 1933/2019, de autoria do deputado Sidney Leite (PSD/AM), que foi aprovada no último dia 13 de julho, pela Câmara dos Deputados. O PL já está em tramitação no Senado Federal.
Aeroporto de Tefé/AM - Foto: Infraero
O deputado Sidney Leite lembrou que esse aeroporto “é a única porta de entrada, via aérea, na região do médio Solimões, sendo fator importante para o crescimento da região e comércio local, bem como agente responsável por boa parte do fluxo de pessoas que chega à cidade.”
“É justo e louvável que o prefeito Orlando Marinho seja reconhecido por suas contribuições e relevantes serviços prestados à administração pública do estado do Amazonas”, afirmou o relator, deputado Bosco Saraiva (Solidariedade-AM).
Orlando Marinho nasceu em Atalaia, Alagoas, em 21 de novembro de 1925. Filho de Manoel Marinho da Silva e Maria Senhora da Conceição. Casado com a senhora Tereza Norma Gonçalves da Silva, com quem teve um casal de filhos: Gisele da Silva Araújo e Hiran Manuel Gonçalves da Silva (médico-Oftalmologista, deputado federal por Roraima e vice-líder do Governo na Câmara).
Estudou na Escola do Comércio, na capital Maceió, e concluiu o Curso Superior em Ciências Contábeis. Participou em 1949 de Concurso Público, sendo aprovado para Fiscal de Rendas (da Receita Federal). Em 1952 foi designado para a cidade amazonense de Tefé, onde passou a trabalhar na função de Coletor Federal de Impostos.
Em 1959, foi convidado para candidatar-se, sendo eleito Prefeito Municipal da cidade de Tefé.
Passada a fase política, retornou às suas atividades no Ministério da Fazenda, sendo designado como Inspetor da Receita Federal na cidade de Tabatinga, na fronteira do Brasil, Colômbia e Peru. E, em 1973, foi designado para chefiar a Agência da Receita Federal em Boa Vista, Roraima. O prédio, à época, ainda estava em construção e a Receita funcionava na Avenida Jaime Brasil, no térreo do prédio da Associação Comercial e Industrial de Roraima – (Acir).
A mudança de local da Receita para o prédio próprio (situado entre a Rua Agnello Bittencourt e a Avenida capitão Júlio Bezerra, no Centro Cívico), aconteceu em 1979, ano em que a Agência foi transformada em Delegacia da Receita Federal, e Orlando Marinho a chefiou até a sua aposentadoria por tempo de serviço.
Devido ao seu amplo conhecimento em administração pública, foi convidado para chefiar o Gabinete de vários governadores.
Na Marçonaria, foi Membro Emérito do Supremo Conselho do Grau 33 – do Rito Escocês Antigo e Aceito - da República Federativa do Brasil, e foi o primeiro Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Roraima (20/08/1981) e Venerável Mestre da Loja Liberdade e Progresso nº 1, e da Loja Sylvio Lofêgo Botelho nº 3. Foi também o primeiro Soberano Grande Inspetor Litúrgico e fundador das Lojas Maçônicas: "13 de Maio" (em Caracaraí, 22/02/1975); "Sylvio Botelho" (em Boa Vista, 31/03/1980); e "Liberdade e Progresso nº 1" (em Boa Vista, 1981).
Orlando Marinho faleceu em 09 de dezembro 2018, na cidade de Boa Vista, Roraima, devido a complicações causadas por uma Acidente Vascular cerebral. Tinha 93 anos de idade.
"Meu pai foi um homem honesto e trabalhador, coletor federal que dedicou sua vida controlando e guardando os recursos públicos. Em 1959, Orlando Marinho, meu saudoso pai, foi eleito prefeito de Tefé e contribuiu de forma efetiva para o desenvolvimento naquele município e região. É uma honra para mim e toda a minha família ver uma homenagem tão nobre como essa se concretizando", destacou o deputado Hinan Gonçalves.
Na Câmara dos Deputados, em Brasília, Orlando Marinho ao lado do seu filho Hiran Gonçalves, deputado federal por Roraima.
Orlando Marinho e sua esposa Tereza Norma.
* Com informações da Agência Câmara de Notícias e do jornalista Francisco Cândido, do site FOLHA BV.