“Sobre hum Monte, pouco aprazível mas muito fértil para a produção das lavouras”, “povoada de Índios e alguns habitantes Portuguezes”, que em 31 de julho de 1763, a Santa Fé, através do Bispado de Olinda, erigiu canonicamente a Freguesia de Atalaia, nomeando como seu primeiro Vigário o Pe. Antônio Rodrigues Portela e seu coadjutor Pe. Antonio da Rocha Barbosa. Apesar de não terem sido incluídos na descrição acima, negros e outros habitantes vindos de outras partes da Capitania, certamente faziam parte desta povoação.
Nesta época, Atalaia e todo território hoje alagoano, pertencia a Capitania de Pernambuco.
Com a criação da Freguesia, a capelinha de Nossa Senhora das Brotas, construída através de devoção de Domingos Jorge Velho e que se transformou em um dos pilares para o povoamento, se tornava paroquial.
De acordo com relatório do Governador e Capitão Geral da Capitania de Pernambuco, José Cesar Menezes, em 1777 “tem a Freguesia vinte e huma legoas de comprido e doze de largo, termina pela parte do Nascente com a Freguesia do Norte, pela parte do Sul com a Freguesia de Nossa Senhora do Ó de S. Miguel, e Curato de Santo Antonio Meirim. (...) Possuia “huma Igreja filial, duas Capellas; huma Villa, oito fazendas; seiscentos cincoenta fogos; e mil quatro centas oitenta e quatro pessoas de desobriga”.
De acordo com o Livro Atalaia, Último Reduto dos Palmarinos, a Igreja de Nossa Senhora das Brotas era pequena demais para o tamanho do carinho, zelo e fervor dos primitivos habitantes. Em 1777, foi iniciado os trabalhos que transformou o “pequeno templo numa imponente Matriz protobarroco”.
* Com informações dos Anais da Biblioteca Nacional (RJ) e livro Atalaia, último reduto dos palmarinos, da saudosa escritora atalaiense Vandete Pacheco.