A vida não é questão do quão longe se pode ir, o quão alto se pode pular, ou quanto peso se pode carregar. A vida é questão de experiência, amizade, família, e as memórias do que vivenciamos. Por que é que tantas pessoas têm medo da velhice, quando os anos na verdade só nos enriquece. Isso, para mim, é um lembrete de que não importa quantos anos eu tenho, o importante é ser eu mesmo. Cogito ego sum.
Meu corpo já não é jovem como antes, mas isso não significa que eu trocaria meus amigos, minha maravilhosa vida, as coisas que eu vi e vivi ou as lições que aprendi, por alguns cabelos brancos a menos ou uma barriguinha menor.
Eu vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes que pudessem compreender a liberdade que vem com o envelhecer.
Eu fui abençoado com anos ( já cheguei aos 80) o suficiente para meu cabelo ficar branco e para as risadas da minha juventude tornarem-se rugas em meu rosto.
Muitos não têm essa oportunidade.
Eu tenho sorte. Já sou até bisavô.
Sim, eu gosto de estar velho.
Eu sou livre e amo a pessoa que vejo
no espelho todas as manhãs.
Saber envelhecer é uma arte. Como dizia VERLAINE ( poeta francês): “A grande arte de ser feliz reside na grande arte de saber viver”.