Quando falamos nos super-heróis, lembramos da infância e imaginamos pessoas fortes, destemidas, que vencem todos os obstáculos, He-man, Mulher Maravilha, Batmam, Homem Aranha e tantos outros que poderíamos listar neste pensamento que trago.
Quero falar dos heróis e heroínas sem capa, sem poderes invisíveis multi-humanos, mas, que faz a vida melhorar. Heróis desconhecidos, não vistos e nem percebidos, as vezes humilhados, maltratados e não compreendidos. Estes que fazem a diferença no silêncio, no seu jeito simples e as vezes... as vezes não! Todos os dias, são responsáveis pela motivação e transformação da nação.
Não tem capa, porém, várias faces. Tem dia que é o palhaço, que tenta de tudo para o sorriso de um pequeno ou jovem que não é visto, nem sentido na sua casa, tem que ser psicólogo para administrar doses de compreensão quando escuta as lamurias. Tem que entender que naquele ser inquieto há uma criança que pede socorro, quer ser notado. Tem que ser mágico, malabarista para trabalhar em tantas unidades, cuidar dos filhos dos outros e as vezes, sempre, não tem tempo para cuidar dos seus.
Tem que ser médico, para escutar e passar o remédio, os pra sebos, quando percebe que a criança está fingindo a doença porque não sabe o assunto. Tem que ser pedreiro, carpinteiro, engenheiro, músico, mecânico, para realizar atividades que despertem o interesse do educando.
O herói sem capa, que desperta no aluno o brilho com as primeiras letras, as primeiras linhas escritas, a tabuada surrada e tímida. Caminho suave, Ponta de papel, projetos, BNCC, PCN’s... Tantos planos de aula, jogos e leituras metodológicas para o herói sem capa fazer seu papel.
Nas décadas de outrora, uma flor, um sabonete se ganhava, o respeito, o pai dizia em casa: Cuide e respeite seu professor. Hoje, desvalidos e esquecidos por muitos, os papeis e os valores se inverteram ninguém lembra deste herói, mas hoje levanto a voz pra dizer com toda gratidão.
Parabéns, meu amigo irmão, hoje é seu dia, e escrevo nestas linhas porque se tenho uma profissão, eu agradeço de coração a este herói sem capa, que me ensinaram com paciência o que é a vida, na escrita e na raça.
Parabéns aos meus amigos professores, e aos meus eternos mestres.
Professor Charles Douglas Fernandes da Silva.