A Câmara de Vereadores do município de Atalaia aprovou por unanimidade nesta terça-feira (16) o Projeto de Lei 006/2022, de autoria do vereador Marcos Rebollo, para a denominação de ruas e demais espaços públicos do Distrito Ouricuri.
A Esplanada da Usina receberá o nome de Vereadora Maria Tenório de Albuquerque Lins, ex-vereadora de Atalaia (1936-1937) e que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vereadora em todo o Estado de Alagoas.
O nome da ex-vereadora Maria Tenório foi uma sugestão do site Atalaia Pop à Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Moradores da Fazenda Ouricuri – AP3, responsável pelo levantamento dos nomes, que fizeram as devidas analises e repassaram para a aprovação do autor do projeto, o vereador Marcos Rebollo.
Nascida no início do século XX, na cidade de Atalaia, Maria Tenório de Albuquerque Lins, a Lili, como carinhosamente era chamada pelos mais próximos, foi a primeira filha mulher de uma grande prole de 13 filhos do Coronel João Evangelista da Costa Tenório com a senhora Anna de Melo Lins.
Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vereadora na cidade de Atalaia, a primeira no Estado de Alagoas, a segunda ou terceira em todo o Nordeste e uma das primeiras em todo o território brasileiro. Seu mandato durou de 02 de janeiro de 1936 até 10 de novembro de 1937, quando foi interrompido em razão da ditadura do Estado Novo, de Getúlio Vargas, que decretou, entre outros, o fechamento das Câmaras Municipais de todo o Brasil.
Maria Tenório é irmã do fundador da Usina Ouricuri, Manoel Tenório, irmã do ex-prefeito de Atalaia, José Tenório e bisavó do ex-secretário de Planejamento do município de Atalaia, o Thyago Tenório.
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ESPLANADA DA USINA
A ex-vereadora eternizará seu nome em um dos locais mais importantes para o Distrito Ouricuri: a Esplanada da Usina. A importância histórica deste local foi destacada pelo historiador José Alves Filho, o Jaf, em recente entrevista ao Atalaia Pop.
“Nasci bem em frente à Esplanada da Usina. Quando a Usina estava moendo, aquela principal, a Esplanada da Usina, era onde tinha o cinema, o almoxarifado, o laboratório onde o meu pai trabalhava e que tem o prédio até hoje, a oficina mecânica e tinha uma sorveteria que ficava logo depois do gabinete da Diretoria da empresa. O Gabinete era o que podemos chamar de o centro do poder da Usina. Tinha também a garagem nessa rua, que sempre foi pavimentada”, lembra Jaf.