De acordo com a Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Moradores da Fazenda Ouricuri – AP3, a via de acesso a comunidade de Ouricuri, sem denominação, foi designada Avenida 17 de fevereiro CEL João Evangelista da Costa Tenório. Referida data traz um marco na história da usina e na vida dos moradores e ex funcionários devido ao encerramento da atividade produtiva encerrando-se assim, um período de crescimento baseado na modernização introduzida pela família dos Tenórios e dos incentivos do governo para o setor sulcoalcooleiro.
Essa data marca o fim de um ciclo de desenvolvimento na região iniciado com o Coronel João Evangelista na então Fazenda Estrela seguido pelo filho, Manoel Tenório na Fazenda Ouricuri e outras de sua propriedade. Esse fato, trouxe impactos negativos na economia local e do estado de Alagoas por meio medidas econômicas que afetaram a produção de açúcar e álcool. Referidos impactos são vistos até hoje na comunidade com resquícios das estruturas de produção carecendo de proteção e resguardo desse patrimônio material e imaterial presentes no imaginário de cada morador e na agenda cultural da Associação.
O ciclo do açúcar contribuiu na formação sócio cultural da população de Ouricuri e outros locais da Região Serrana dos Quilombos onde ATALAIA e outros municípios formam o VALE DO PARAÍBA. Suas águas serviram para o vapor das moendas dos engenhos e usinas.
A identidade cultural da população de Ouricuri tem como legado a atuação dos destemidos e visionários Tenórios que marcaram uma época de prosperidade econômica e social, de empregos, atuação parlamentar e importação de novas tecnologias para transformar o caldo dourado da cana, em produto competitivo no mercado interno e externo: o açúcar em todas as suas formas de produção.
Coronel João Evangelista da Costa Tenório.