Edite Vieira Camelo de Moraes nasceu em Atalaia, Alagoas, em 19 de outubro de 1932. Filha do segundo casamento do senhor João Camelo da Costa Filho, conhecido como Major Moço, com a senhora Joanita Vieira. O Major Moço, além de ser um grande proprietário rural, foi vereador de Atalaia e uma figura lendária da Cavalhada alagoana, tradição que passou para seus filhos, netos e bisnetos.
Edite, também conhecida como Ditinha, entre os mais próximos, cresceu na Vila de Sapucaia, local que teve um papel importante na história de sua família. Na década de 50, ela liderou o Bloco carnavalesco A CIGANINHA, mostrando seu envolvimento na vida cultural e religiosa da comunidade.
A família de Edite tem histórico político no município, sendo ela sobrinha do ex-Intendente (prefeito) de Atalaia, o senhor Alfredo de Melo Camello, que governou a cidade de 1919 a 1921.
Em 1963, Edite Camelo se tornou uma das pioneiras de Atalaia a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, ao lado de Isa de Medeiros Costa, tornando-se a segunda ou terceira mulher a ser eleita vereadora, desempenhando seu mandato até 1966. Durante seu tempo no Legislativo, ela foi uma defensora ativa dos interesses de Sapucaia, sempre buscando o desenvolvimento daquela localidade que foi berço de sua família.
Após se casar com Edmirson de Araújo Moraes, Edite adotou o sobrenome Moraes. Do matrimônio, ela teve dois filhos, Eliene e Antônio Carlos.
Edite Camelo formou-se em Direito pelo Centro Universitário Cesmac e se tornou advogada. Além disso, ela teve atuação como empresária, fundando em 11 de abril de 1995 a Escola de Datilografia Camelo de Moraes, situada no bairro Pitanguinha, em Maceió.
Morando por muitos anos no bairro Pitanguinha, Edite também deixou sua marca no cenário cultural da região ao ser responsável pela criação do estandarte do tradicional bloco carnavalesco "Pitanguinha Vai à Lua", bem como pelas marchinhas de carnaval preparadas especialmente para o desfile do bloco.
Ao longo de sua carreira profissional, Edite também trabalhou como funcionária pública, sendo servidora aposentada do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.
Em 2019, ela sofreu um AVC que infelizmente resultou na perda dos movimentos das pernas. Edite Camelo de Moraes faleceu em Maceió em 4 de outubro de 2022, aos 89 anos de idade, deixando um legado significativo na história de Atalaia e sendo lembrada como uma mulher de grande influência em sua comunidade e além dela.