Com o olhar voltado para as potencialidades históricas do município de Atalaia, terra de 255 anos e que tem sua história diretamente ligada ao Quilombo dos Palmares e a cana de açúcar, um projeto, ainda em fase de construção, vem registrando e catalogando potenciais pontos do município, para colocar o 4º núcleo de povoamento do Estado na rota do turismo alagoano, visando o fortalecimento e o desenvolvimento de novos empreendimentos na região.
Denominado Rota do Banguê, o projeto é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Atalaia, através de suas secretarias de Cultura, Desenvolvimento Econômico, Administração e da Casa do Empreendedor, o professor de Geografia e escritor José de Albuquerque, o professor de História Marcos Vieira, o fotógrafo atalaiense Alberto Vicente, o site Atalaia Pop e o Sebrae. Novos parceiros serão bem vindos para transformar essa ação em algo real.
“Em debate na Região Metropolitana sobre o Desenvolvimento Local, é denominador comum o Turismo, como a necessidade do rural, bem como a Agricultura, como foco prioritário. Pensando a nível municipal, Atalaia tem um contexto Histórico favorável ao desenvolvimento do Turismo Agroecológico. Alagoas é um Estado forte na produção de açúcar, e Atalaia tem uma forte contribuição nessa Cultura. Foi aqui a primeira Usina em atividade em Alagoas, tínhamos uma grande quantidade de engenhos e temos a primeira Usina a ser reativada através do Cooperativismo”, destaca André Vigário, agente de desenvolvimento local e um dos envolvidos na elaboração desse projeto.
Nesta primeira etapa do Projeto Rota do Banguê, a equipe visitou a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Brotas, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Centro), o Mirante, as ruínas da Usina Brasileiro, as ruínas do Engenho Vitória, as ruínas da Usina Ouricuri, a Serra da Nascéa, o Engenho Timbó, o Engenho Satubinha, o Engenho Samambaia, o Engenho Estrada Branca, a Coopervales (antiga Usina Uruba) e a Santa Tereza. Existe a possibilidade de acrescentar a Fazenda Jardim das Lages no projeto. Além do registro fotográfico dessas localidades, foi realizado o mapeamento de distância para a escolha da rota.
A base do projeto consiste em aliar o passado ao presente e apresentar de uma maneira harmônica e dinâmica nossa História, buscando fomentar o Turismo Local.
“Pretendemos apresentar as ruínas da Usina Brasileiro e da Usina Ouricuri que se transformaram em um forte pólo da Agricultura Familiar. Também destacar a antiga Usina Uruba, agora Copervales, que tem um enorme papel na manutenção dessa cultura canavieira na cidade. Vamos mostrar as belas paisagens de Atalaia como a Serra da Nacéa, o potencial dos produtos orgânicos desenvolvido em terras das antigas usinas. São as ruínas aliadas a História e ao Santuário. A finalização da Rota do Banguê será o Santuário de Santa Tereza”, comenta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Neilton Paz.
André Vigário lembra ainda que a ideia é que ponto que não entrar na Rota por motivo de distância, ao menos seja apresentado em registros fotográficos não somente antigos, como atuais.
A segunda etapa do projeto será a exibição de um vídeo com todos os registros fotográficos e demais informações, que serão apresentados ao prefeito Chico Vigário e a potenciais parceiros como a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas – Sedetur, Copervales, fortalecer a parceria com o Sebrae e demais setores que tenham interesse em fortalecer o projeto.
“Com o fortalecimento do projeto, iremos dar andamento com a sinalização do trajeto definido e vê as condições de melhorias em cada localidade, a exemplo da Brasileiro, onde precisa ser feito a melhoria do acesso às ruínas da antiga Usina”, concluiu André Vigário.