Maria Delamar Acioli de Souza nasceu em Viçosa (AL), em 02 de abril de 1924. De família humilde e poucos recursos. Seu pai, Manoel Silva, faleceu dois anos após seu nascimento. Sua mãe, Adélia Acioli Silva, “engomadeira” de roupas (com ferro de engomar a brasa) foi a responsável por sua educação. A professora estudou em sua cidade natal, Viçosa, em escola pública, onde apesar de todas as dificuldades conseguiu se formar e ser aprovada no concurso para o Magistério Estadual, aos 18 anos.
Iniciou sua carreira no ano de 1942, na mesma cidade, transferiu-se para a cidade de União dos Palmares, onde lecionou em escolas da zona rural. Em 1946, transferiu-se para Atalaia, onde se fixou definitivamente, tornando-se ATALAIENSE por adoção e coração. Ali, foi Professora e Diretora do Grupo Escolar Floriano Peixoto, onde também se aposentou em 1973, após trinta e um anos de dedicação ao magistério, transmitindo seus conhecimentos às gerações de alunos, desempenhando suas funções com humildade, dignidade, lealdade, honestidade e, acima de tudo, AMOR.
Incansável e apaixonada pela educação, após sua aposentadoria fundou a Escola de Datilografia Nossa Senhora da Conceição, que funcionou até a sua morte.
Casou-se em abril de 1958, com o industriário José Braga de Souza, viúvo e pai de cinco filhos, destes, três foram criados por ela: Marlúco Braga, Maria Mirian Braga e José Braga Filho. Dessa união nasceram 03 filhos, Maria Dilma, José Dilson e Maria do Perpétuo Socorro.
Já com a saúde debilitada, faleceu em 28 de março de 1978, aos 54 anos, vítima de depressão, devido a um golpe fortíssimo com a morte prematura de sua filha caçula Socorro, dois meses antes.
Foi uma mãe maravilhosa. Mulher amiga, humana, solidária, bondosa, conselheira e estimada na sociedade atalaiense. “Mamãe foi uma pessoa amiga, apesar de sua aparência frágil, era forte e íntegra. Ensinou-nos a humildade, educação, lealdade, honestidade e amor ao próximo”, destaca sua filha Dilma Acioli.
“A minha doce e amada Professora Delamar: tenho um coração eternamente agradecido, pela sua forma carinhosa de amar. Em especial a mim, que dedicou muitos momentos de ternura e amor a uma criança um tanto “sozinha”, que conseguiu encher de felicidade com seu jeito meigo, e transmitia toda grandeza de sua alma recheada de luz. A você minha professora; agradecer é pouco, diante do tanto que você me deu, e ensinou. E lhe amo até hoje... E tenho certeza que você brilha no céu. Um abraço gostoso que, chegará até você através do infinito... Sua aluna”, comenta sua ex-aluna Amália Miranda.
“Sou muito grata a Deus por ter tido dona Delamar como minha Professora e Diretora, na época em que estudei no Grupo escolar Floriano Peixoto. Com sua meiguice, conquistou todos os seus alunos e funcionários da escola. Uma Mestra que se dedicava inteiramente aos alunos. Era de uma generosidade extraordinária, mesmo com suas preocupações. Mas na sala de aula o seu trabalho era excelente e dinâmico. Até hoje tenho boas recordações de dona Delamar. Creio que ela está em um lugar santo, na presença do Senhor”, destaca sua ex-aluna Genedi Correia de Lima.