Durante a sessão ordinária desta terça-feira (12), o vereador Fabricio Torres usou a Tribuna para alertar os vereadores e demais autoridades do município para um problema social que vem acontecendo em Atalaia, que é a demolição de casas que ficam muito próximas da antiga linha férrea e, o consequente desalojamento dessas famílias. O problema apontado pelo vereador pode se agravar ainda mais, já que na região há centenas de casas construídas ao longo da ferrovia.
Recentemente 230 famílias que vivem na localidade já foram notificadas pela Justiça Federal em Alagoas a desocuparem voluntariamente a área dentro de um prazo de 30 dias, sob risco de sofrerem a desocupação por mandado de reintegração de posse. Casas nesta região já foram desocupadas e demolidas.
Fabricio Torres destacou entender que por lei a área é da União e tem de ser desocupada, mas ressaltou que existe uma questão social por trás disso e que o município precisa mediar o impasse entre a Ferrovia e os moradores.
“Entendo que o juiz se baseou na lei para dá sua sentença, agora, nós, como a Casa do Povo, não podemos simplesmente cruzar os braços e só observar famílias atalaienses sendo jogadas na rua dessa forma. O problema está existindo e gostaria que essa Casa acompanhasse um pouco mais de perto isso, pois é uma questão social. Fomos eleitos pelo povo para apoiá-los nestes momentos, usando, obviamente, sempre os meios legais. É Preciso também o envolvimento da Prefeitura de Atalaia para ver de que forma será resolvida essa questão”, comentou o vereador.
“Ressalto que não discuto o mérito da questão, o que discuto é o amparo social dessas famílias, porque por mais que elas estejam erradas, jogar famílias nas ruas é horrível e vou tentar de tudo para minimizar o sofrimento dessas pessoas”, completou Fabricio Torres.
As áreas pertencentes à União (e que não poderiam ter sido ocupadas) variam de um trecho para outro. Na maioria dos pontos urbanos, onde os trilhos cortam os bairros, a distância considerada é de 15 metros para cada um dos lados a partir do eixo central da ferrovia, mas, em áreas rurais, pode chegar a 100 metros.
Vereador Fabricio Torres durante sessão da Câmara Municipal de Atalaia.