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Pelo terceiro ano, ex-alunos se reúnem para relembrar os bons tempos do Colégio Dr. João Carlos

3º encontro da Turma da 8ª Série de 1986 foi marcado por momentos de alegria, recordações, mas também de saudades pelas lembranças de amigos já falecidos.

Phablo Monteiro
Por: Phablo Monteiro
16/12/2019 às 11h28 Atualizada em 22/12/2019 às 11h21
Pelo terceiro ano, ex-alunos se reúnem para relembrar os bons tempos do Colégio Dr. João Carlos
Ex-alunos se reúnem pelo terceiro ano consecutivo para relembrar os bons tempos do Colégio Dr. João Carlos.

Os tempos da escola são uma época que marca a vida das pessoas e constrói memórias. Momentos de muito aprendizado, mas também tempo de fazer amizades, formar laços e viver histórias. E, foi com esse turbilhão de sentimentos que na segunda metade da década de 80 o Colégio Dr. João Carlos, das saudosas Educadoras Dona Armênia e Dona Lenira, marcou de uma forma tão significativa a vida de uma turma de amigos.

Mesmo com o passar do tempo, a relação fraterna entre esses amigos de infância permanece firme e forte. E, foi com esse desejo de celebrar a amizade, que no último sábado, dia 14 de dezembro, ex-alunos realizaram o III Encontro de Ex-Alunos do Colégio Dr. João Carlos, em uma linda e emocionante festa para celebrar os momentos vividos há mais de 30 anos. O evento foi realizado na Churrascaria Cisne Branco, ao som do músico atalaiense Júnior Rocha.

Os sorrisos, a felicidades, os abraços, as trocas de presentes, a interação ao vivo com colegas que moram em outros Estados e até mesmo fora do país, o tradicional bolo com o símbolo do Colégio, estavam presentes, mas essa terceira edição foir marcada também pelo sentimento de saudade daqueles que fisicamente não podiam mais compartilhar dessa confraternização. Com um momento de oração, Theofilo Azevedo e Robson Azevedo, falecido recentemente, foram lembrados e homenageados.

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“Nosso III Encontro reforçou o poder da amizade. Juntos fizemos nossa homenagem póstuma a nosso querido amigo Robson Azevedo que partiu, mas deixou em nós sua marca de alegria, leveza e alto astral. E assim rezamos por ele e como acreditamos na misericórdia de Deus, sabemos que esses amigos foram acolhidos pelo pai. A Deus nossos agradecimentos por viver esses momentos”, destacou a ex-aluna Luciana Messias.

“Em 2017 fui convidada por minha amiga Roseane Pereira a fazer parte de um grupo de amigos de infância, a ideia me seduziu. E tivemos o I encontro. Foi mágico rever tantos amigos. Em 2018 tivemos o segundo, já sabiamos que seria lindo, mas como na vida temos perda, perdemos nosso amigo Teófilo que fazia parte do grupo e não chegou a participar do encontro. Apesar da saudade, foi maravilhoso também, tivemos a presença dos novatos Ébia, Francisco e Davi que não tinham participado do primeiro”, comentou a ex-aluna Laudilene da Silva Clemente.

Para Shirley Vidal, essa terceira edição foi um momento para rever os grandes parceiros da infância e juventude, relembrando histórias e minimizando as saudades. “Passaram-se vários anos para que pudéssemos estar juntos novamente. Esse ano tivemos duas grandes perdas que foi nosso amigo Teólifo e Robson Azevedo, que eles estejam em paz.  Saudade dos amigos, de tudo o que vivemos, dos apelidos e manias tão singulares, mas principalmente de quem fomos. De nossa versão mais simples e ingênua.           

Revivemos histórias, relembramos as festas de ruas e bailes com a banda Trepidants no clube do Cacau (risos). Testemunhamos a passagem do tempo no rosto e no relato de experiências de cada um. Por algumas horas esquecemos nossos dramas; a vida lá fora, as dificuldades cotidianas. A vida trouxe cicatrizes (visíveis ou não), mas ali tivemos a sensação de que o tempo não passou. A impressão de que mesmo com o passar te tanto tempo permanecemos os mesmos, independentemente dos rumos e feições adquiridas.

Nostalgia minha? Pode ser... Mas o fato é que estar ali de alguma forma me conectou à menina que fui, numa época de incertezas e indefinições em relação ao futuro. E ver todos nós, vencedores aos quase cinquenta anos, me encheu de alegria.

Reencontrar amigos de infância significa localizar a nós mesmos, é estar alinhado com uma porção de nós que existiu e se diluiu, mas necessita ser ativada de tempos em tempos. É reencontrar nosso referencial, o pedaço de nossa história a partir do qual tudo o mais virou mera comparação e entender que, se algum dia fomos tocados, essa relíquia permanece conosco. A gente se reabastece. A sensação é mais ou menos como voltar à terra natal, rever a casa que morou na infância ou provar uma receita de família.

Existe poesia no reencontro… Um encantamento sentido por aqueles que se deixaram cativar e voltar para casa mais leve e certamente podendo agregar partes de si mesmo, sob o olhar generoso e cúmplice de cada um dos presentes, isso não tem preço e nem esforço dispendido”, conclui a ex-aluna ShirLey Vidal.

Graças a tecnologia, a distância continental entre as cidades de Atalaia em Alagoas e Coimbra em Portugal, não foi capaz de impedir mais uma participação da ex-aluna Janice Silva Sales Chichorro Ferreira.

“Hoje sou uma mulher centrada, responsável e feliz, porque no meu crescimento encontrei Crianças,  como eu, que somaram valores para eu construí minha personalidade.

Partilhávamos aprendizagem brincadeiras, medos, confidencias, entre-ajudas, festas, encontros e até chatices.

Consolidamos amizades com uns, menos com outros, mas que não são menos importantes. Cada um que passa por nós leva um pouco de nós e deixa um pouco de si.

O tempo passou, nós crescemos, a vida nos levou a caminhos diferentes, mas aquele amigo vai dentro da gente.

Há 13 anos moro em Portugal, numa das vezes que eu voltei ao Brasil tive a grande sorte de reencontrar duas de minhas amigas de infância e decidimos criar um grupo de WhatsApp para tentar juntar mais amigos daquela época.  Ahhh, Cada um que se juntava ao grupo era uma alegria,  partilhamos fotos de antes e agora, lembranças e tantas memórias.  Juntos virtualmente era hora do reencontro e toca a organizar.

Formamos uma comissão em quê tanto eu que moro em Portugal como outra amiga que mora em São Paulo, Estamos ativamente a participar de todo o processo. Entre mensagens, áudios, vídeos chamadas o primeiro encontro dos amigos de infância do colégio Dr. João Carlos turma 1986 aconteceu.

Não! vocês não fazem ideia do turbilhão de emoções que nos toma encontrar aquelas crianças agora crescidas e mudadas.

Por videochamada, ao falar com cada um dos meus amigos eu chorava, eu ria, eu gritava...ufa, haja coração! não tenho mais idade para tanta emoção.
Houve o segundo encontro e este é o nosso terceiro, que por dor quase não acontecia. Este ano perdemos dois dos nossos amigos, a inesperada perda partiu-nos o coração e a tristeza assolou.

Mas, se a vida é tão efémera tão fugaz, hoje estamos, amanhã não mais. Temos que estar juntos nas oportunidades que a vida  dá, Porquê amigo, esse teu abraço não quero deixar escapar! 

E lá, em videochamada, mais uma vez participo com o estômago cheio de borboletas e o coração cheio de alegria por mesmo distante os poder encontrar. Um grande e fraterno abraço aos meus amigos de infância!”.

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